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Desbravador da minha vida. Autor da minha história. Sou reticências.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Me.

Hoje me pouparei de mim.
Não vou olhar o dia como se fosse o último
Não vou a academia
nem vou ler meu livro.
Hoje vou me roubar
Vou me trancar no que penso
Proibir meu silêncio
Torturar minhas mazelas
Vou me trair
Não vou ouvir Chico Buarque
Não vou ligar pra ninguém
Não vou escrever nada
Hoje vou me deixar
Vou embora de mim
e não me procurar mais.
Pra ver se me apaixono por mim mais uma vez.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saudade de escrever

Que saudades de escrever. Saudade de explodir nas linhas,fazendo as palavras se misturarem e as letras voarem por aí
Saudade de mentir. De dizer verdaddes ao contrário,pra fazer alguem se sentir maior.
Saudade das imagens que imagino,das cores de crio,das frases erradas, do som da caneta.
Saudades de escrever histórias. De nascer pessoas,de falar por elas.
Saudade da ilusão.
Das risadas.
E do meu reinado.
Saudades de ficar sozinho,falar sozinho,chorar sozinho.
Saudades de inventar tudo isso.
Saudade de viver milhões de vidas,morrer e renascer quantas vezes quiser.
Saudade de escrever pra alguém,pra mim e inventar amores
Saudade de fazer o que mais amo.
Saudade de mim!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Você,para meus ouvidos

Não me encontro mais, senão for por me perder primeiro.
Porque perder, é manter a bússola, já dizia a canção.
As vezes é preciso de música pra se tocar de que nem tudo na vida é samba.
Existe sim seus desafinos, e eu, desatinos.
Pois enlouqueço! Rio e entristeço com a mesma facilidade...
Não que eu seja assim,metade,eu não sou. Estou.
Assumo minha condição de preguiçoso diante da tristeza... Não combina comigo, mas...
Aqui estou eu,apaixonado pela saudade!
Tento me levar, sem voce, mas me deixo pra trás.
Quando seremos um? Se é o vão da vírgula que nos torna metade?
Eu não tenho toda essa bossa, de ficar na fossa tateando sua volta.
Sou feliz mas não aguento. Eu sambo,mas é chorinho.É choro mesmo.
E eu que pensava que os livros nos salvariam,que meus discos me consolariam
e que essas palavras fossem dizer alguma coisa.
Ainda tenho a saudade. Despertada da certeza de que tudo seria eterno.
Mas voce é a minha bossa nova. É música para meus ouvidos.
Eu ainda estou aqui enlouquecido com meus repertórios confusos,mas
fique a vontade. Pegue sua coisas e vá!
Mesmo que a banda que toca no rádio nao seja a nossa predileta.
Mesmo que vc curta outros sons...
Nunca se esqueça:
Você sempre será a minha música preferida.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Felicidade é passado

Olha,vou te falar,é vivendo e aprendendo.Definitivamente a felicidade não tem nada a ver com o presente. Pode reparar: Você sempre se flagra pensando: Eu era feliz e não sabia. E tudo remete a essa idéia. O primeiro beijo foi maravilhoso. A primeira ou a segunda vez que você transou será sempre marcante. As férias de um certo mês no colegial...Aquela super amiga que foi embora e hoje vocês só se falam por Facebook...E a vovó? Vai dizer que você não sente saudade de quando era criança e a vovó ainda tava lá naquele natal chato reclamando da farofa derramada no sofá? O natal era chato a vovó reclamava a toa,mas hoje que ela não está, você daria um braço para que ela estivesse no próximo reclamando. E aquele amor? Que foi uma relação desastrosa mas que você sempre comenta para sua melhor amiga hoje de que nunca mais você amará outra pessoa igual. Seu casamento é lindo,mas aquele amor...Como você queria ter 20 anos a menos. Tudo de bom ficou lá...no passado. Mas pro passado chegar é preciso de hoje exista! Mas hoje,a gente anda tão ocupado pensando no ontem que quando ve já passou... Daqui a 3 anos falarei de como eu era feliz hoje. A felicidade mora no passado. E o passado é agora. Mesmo que voce diga hoje: Sou a pessoa mais feliz do mundo,será lá na frente que você terá certeza.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Filme

Hoje passou um filme na minha cabeça. Aquela cena que vc joga meu copo com Dry Martine na parede e de quebra, acaba quebrando o nosso porta retrato apoiado no jarro azul. Só para me irritar! Lembro desse cenário, como alguém lembra da dor da sua primeira tatuagem. É linda, mas dói. Naquela noite lhe dei o Oscar: Meu coração! Arredondado,rubro e dramático... Baseado em fatos reais. Naquela noite eu vi que nós éramos apenas um "NÃO vale a pena ver de novo". Voce terminou seu baseado, me beijou e depois roubou meu copo. Até meu copo era seu! Mas não dá pra viver eternamente nessa história trágico-romântica, sem final feliz. Tem que haver um maçã sem veneno nesse longa. Aquele dia eu vi que minha princesa virou rã. Só pre me irritar,acabei de lembrar do nosso primeiro jantar romântico na Lagoa. Vc pediu rã como prato principal e jurou que jamais me deixaria. Me colocou no fogo...Antes tivesse pedido frango frito,combinaria mais...mas a rã...Era só pra me irritar. Me julguei por nunca ter experimentado tal culinária exótica podendo ser EU a te ensinar a comê-lo. E tu ainda me chama de egoísta? Foi embora como em qualquer final de filme cult idiota, acabando do nada como se tivesse filmado aquilo só para me irritar. Me deixou rastejando, com você agarrada no oscar. Era seu troféu. Como te odiei e desejei que aquela maçã estivesse mesmo envenenada! Odiei todos os filmes do Wood Allen que assisti com vc. De todos os sambas que cantamos juntos. E me odiei por nunca ter te dito o quanto eu odiava quando vc derramava pipoca no sofá da sala. E hoje,assistindo o filme que escrevi pra vc,e só pra me irritar ,me passa aquela cena que termina do nada,como aqueles finais de filme cult idiota,totalmente sem sentido,quando a protagonista apenas pega um casaco e vai embora. Como você fez. Só pra me irritar.

sábado, 2 de julho de 2011

Nem cheio,nem vazio.

Não que não tenha valido a pena. Qualquer romance vivido tem o peso da pena de ter sido válido. Mas ainda acho pouco.
Não que eu precisasse de muito,mas precisava do suficiente e o recipiente era raso.
Pois,que eu me lembre bem,ontem cuspi no prato,mas hoje me flagro: Como era vazio o meu prato antes de voce. Cozinhou-me,ainda bem. Maria,que em seu banho me levou esses anos todos,me deu um bolo. Agora,solado,queimo meus lábios na falta da fome de querer os seus,mas insisto: Como era vazio o meu prato. Hoje tenho tanta história pra contar: Tragédias,comédias...mas a gente sempre gosta daquela nossa história romântica,que todo mundo critica, mas bem que daria um bom livro. Hoje na verdade tenho tanta coisa boa, que cabe ser sua culpa. Morri e nasci. Nada mais é tão de Deus do que a sorte de ter sido mais de uma vez, numa vida só. E isso agradeço a vc. Foi pelos meus crescimentos que sofri,foram pelos sofrimentos que cresci. E cresci porque vc me ensinou que é preciso vir de baixo,pra dar valor a subida. Se agora pareço meio vazio,nao se engane: Entre os muitos meus que vc criou,esse pode ser o mais cheio. E só lhe peço um relógio sem ponteiros, para ter o tempo necessário pra terminar esse poema de amor. Porque mesmo que não pareça esse é um poema de amor. E dentro de suas dúvidas sobre mim, ainda lhe resta uma certeza: Mesmo cheio de mim, hoje sou metade voce. E foi esse pouco que parece pouco, que fez tudo valer a pena.

sábado, 30 de abril de 2011

?

Hoje venho aqui embebido de vontades para dizer tanta coisa que me sobra.
Sobram-me aquelas sobras sentimentais que se aproveitam de alguma forma. Há tanta coisa para dizer,e na verdade parece que minhas frases,necessitadas de palavras,não povoam minhas linhas solitárias. Há um esperança surgida de um monte de sentimentos que nos levam a emoção,(geralmente os menos bons),como melancolia,saudade,ingratidões e ilusões, que tomam a natural atitude de se manifestar. Mas hoje o que me falta são letras que dizem. Vive dentro de mim,uma serenidade aguda,que é encontrada nos traços dos meus dias mais comuns. Corre em mim luas e sóis,mares e areias,na demosntração de quantidade para medir meus apetites de vida.Ser feliz é abocanhar a felicidade simples,saboreando as mesmas histórias pueris de sempre. Sei que mesmo que me falte a inspiração,mesmo que tais sentimentos nostálgicos me causem uma suposta dor,vale muito mais a pena se dar conta de que nada é vazio.E sou grato a vida por me encher de tudo. Só me sobra acreditar que o que me sobra,é o contentamento de ser quem sou. Apenas me basta o vento no rosto,as cores de tudo e de quem não obstante quero "mais ser".Se até agora fui ferido,se por ora machuquei,ainda que o dia tivesse acordado nublado e chuvoso,ainda mesmo assim serei feliz. E não por saber quem fui,quem sou ou serei,mas por desatinar a gentileza de me faltar as palavras,na intensão de traduzir a grandeza de ser intraduzível.