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Desbravador da minha vida. Autor da minha história. Sou reticências.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

AQUELE SONETO

Então eu leio aquele soneto de Vinicius.
Com a voz rasgada na garganta...
Nas mãos as cartas engasgadas...
Los hermanos no radio...
O que faço?
Aguas salgadas.
O doce perdeu o sabor
E hoje, são amargas, respostas dos beijos que um dia te dei.
Memórias

Veneno

Estou procurando o caminho
Mas não exijo que chegue a algum lugar
Só quero que chegue a alguem.
Estou procurando nos olhos de alguem,
Alguem pra encontrar
Talvez eu mesmo.
Estou procurando nos beijos alheios,
uma forma inutil,de tentar imaginar seu sabor.
Mas dessa insensatez minha alma proferi a dor de não te sentir,
Mas faço dos meus desatinos,poemetos pra te alcançar...devagar.

Nessa procura sem cura,o meu veneno é me achar em ti e...te tomar.
Assim vou nascer pra morte,mas levando-te.
Podendo dentro de mim trancar-te,
e desse caminho sem volta,você não volta.
Porque restarar-me a eternidade de ter aqui dentro,
na gaiola do meu peito!

ATA-ME

Ouça o meu silencio
que te diz calado
palavras que não dariam conta
nem aos berros.
Ouça-me leve, naquela canção que te dei
e com as pupilas escondidas
me lace de forma que nem presente eu estaria.
É quando não mais vou.
Sinto que não preciso ir ao lugar que na verdade nunca saí
O tempo se encarrega de lapidar
de pincelar
As janelas foram fechadas
As portas trancadas

Mas para quem é alado
o céu é o limite
então visto minhas asas
e pulo
sem pensar que ainda exista razão
sem pensar que ainda exista qualquer coisa
vou tirar roubar você de si
fugir com você na mala
sem saber se ainda sei algo
ou se ainda vale a pena saber
se há...hei de trazer-me
e se trouxer,vou dizer sim.
se quiser voar comigo não se esqueça
tenho asas para dois e vento de sobra

Desnome

Hoje minha poesia não terá teu nome.
Hoje você não será a inspiração.
Não me inspiro em mentiras e incertezas
Nem em alguem auto destrutivo e hipócrita
Hoje quero falar de humanidades
de esperanças e afetos
quero falar de corações completos
não de amarguras e coleiras
de tesão e interesses
de beleza e ego
quero a simplicidade das horas
onde a vida se faz grande
onde ser bom já basta.
falo de fogos de artifícios
de luas e violão
Falo de amigos e abraços
musicas e canetas
Chego a pensar que é devaneio
Mas os poetas imaginam
e tornam possíveis as verdades que inventaram.
Mas não sou poeta!