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Desbravador da minha vida. Autor da minha história. Sou reticências.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Beijamim Esquisito

Beijamim beija a vela
Era uma manhã de quinta-feira
Quando descobriu que era esquisito
Porque a vela?
Nem ele lembrava do porre.
Esqueceu de pagar a conta.
A ardencia nos lábios lhe dava uma certa solidão
E ele gostava
De mãos dadas com a escuridão do quarto
Investiga no seu arquivo poético,e lembra que
Sentir-se só,lhe dá mais gás pra viver.
Abriu a janela
Beijamim vivia a toa. Só lia,ouvia los hermanos e escrevia no seu blog.
Achava que deveria viver sem precisar de dinheiro
E vivia.
Beijamim raspava as casquinhas das paredes
Tinha nervoso de ruídos de tampinhas de garrafas no chão
Imaginava se era normalmente louco
E desejou apenas sentir o vento nos cabelos no alto do arpoador
Queria ir com seu jeep mas foi de bicicleta.
Viu-se menos jovem perante os corpos em movimento na orla da praia.
Mas descobriu-se feliz com seu pneuzinho sexy aos 30 anos.
Era calor, usava camiseta preta,sunga e havaianas.
Trazia tbm uma mochila com incenso,o ipode.
E o livro novo de Nick Cave.
Acomodou-se na pedra,sentiu o vento do Rio de Janeiro.
Sentiu-se inteiro!
Sentiu vontade de lamber a tampa de um yogurt.
E agradeceu por todos os seus defeitos e esquisitices.
Com o livro aberto pela metade, perfume do incenso de canela e
A canção de O velho e o Moço pairando sobre o arpoador
Beijamim agradeceu, apenas por estar vivo.

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