A arte me pegou pela mão
mas parecia que eu que pegava,
como pego uma fotografia.
Me pegou pelos olhos
como se eu que pegasse a arte que via.
Me pegou dançando,
mas fui eu que peguei a melodia.
Me pegou chorando,
mas na verdade eu sorria.
E eu escrevia,
poesiava,
pintava,
“arteava” fogo no meu corpo,
desaguado de tudo.